Gestores fazem reunião de balanço on-line

Por Funatura

7 de abril de 2020

Nesta terça-feira (31/03), os gestores da carteira de projetos do Fundo de Investimento Florestal (FIP) reuniram-se de forma virtual, em encontro que aconteceria em Brasília (DF) antes da adoção das medidas de isolamento social em função da Covid19. Um dos projetos, o FIP Coordenação, é executado pela Funatura. A reunião estava prevista no calendário do programa para promover a integração e a comunicação entre os projetos, e subsidiar o relatório de monitoramento que o projeto FIP Coordenação elabora anualmente. 

No total, participaram 23 pessoas. Cada representante de projeto apresentou, em cerca de cinco minutos, os principais resultados alcançados no ano de 2019 e os desafios para 2020. A analista ambiental Lilianna Mendes, coordenadora técnica do FIP CAR, destacou a contratação de duas empresas para fazer o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de quilombolas e indígenas nos estados de Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Piauí. Serão atendidas 50 mil famílias, porém os cadastros estão atrasados devido ao isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A reunião teve duração de uma hora e meia e foi considerada muito produtiva por todos. Humberto Mesquita, coordenador geral de Inventário e Informação Florestal do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), gestor do Projeto FIP Inventário Florestal Nacional (IFN), afirmou que a maior parte (84%) do bioma Cerrado já está inventariado. “Só falta um pedaço do Cerrado nos estados de Minas Gerais e São Paulo”, disse. Os técnicos contratados trabalham em campo com coleta de dados e, posteriormente, em laboratório com análises e identificação botânica.

Sidney Medeiros, auditor fiscal federal agropecuário do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), abordou os projetos FIP ABC e FIP Paisagens Rurais. O primeiro foi encerrado no final de 2019. “O projeto Agricultura de Baixo Carbono (ABC) foi considerado destaque pelos atores envolvidos – Embrapa, Senar, Mapa e Banco Mundial. A cada dólar investido, os produtores investiram de 7 a 8 dólares na recuperação das pastagens”, contou.

Alfredo Pereira, pesquisador titular da Coordenação-Geral de Biomas do Departamento de Programas de Desenvolvimento Científico do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), falou pelo FIP Monitoramento, projeto que monitora a dinâmica do desmatamento e dos estoques de carbono no Cerrado. Segundo ele, um dos desafios para 2020 é aprimorar o sistema de compras e contratações, sobretudo para equipamentos de monitoramento da cobertura vegetal no Bioma. As capacitações de pessoal previstas foram adiadas.

SOCIEDADE CIVIL

Dedicado a povos e comunidades tradicionais e indígenas (PCTIs), o projeto FIP DGM teve em 2019 o maior número de aquisições e contratos nos 64 subprojetos em 10 estados do bioma Cerrado. “Tivemos a participação dos locais e dos PCTIs no comitê gestor e direção do projeto, o que é um passo muito importante”, lembrou Álvaro Carrara, gestor do projeto. Ao longo do ano, foram 30 cursos de capacitações com 14 temas, em parceira com Embrapa e UnB.

Por fim, o gestor do FIP Macaúba, Johannes Zimpel, apresentou os resultados da produção de macaúba (1,5 tonelada em 2019), em 2 mil hectares de plantio silvopastoril e 42 corredores ecológicos formados. O projeto facilitou o acesso dos produtores rurais à Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio). O FIP Macaúba teve reconhecimento internacional pela Iniciativa 2020 e ficou em 1º lugar na premiação da Climate Venture. Um dos desafios para 2020 é a implementação de um laboratório de germinação de sementes para plantio em parceira com uma APAC (Associação de Proteção e Assistência do Condenado), sistema de penitenciária modelo.

COVID-19

A respeito da pandemia causada pelo vírus Covid-19, a coordenadora do projeto FIP Paisagens Rurais pelo Banco Mundial, Bernadete Lange, afirmou que a prioridade é “todo mundo se cuidar. O que tiver que ser paralisado, será, para que as pessoas estejam seguras. Orientamos o máximo de isolamento social possível. Não sacrificaremos a segurança das pessoas para entrega de produtos”.

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