Funatura finaliza oficina on-line para planos de uso e manejo do Parque de Caldas Novas (GO)

Por Funatura

23 de agosto de 2021

Com uma metodologia adaptada à pandemia, a Funatura promoveu uma oficina de nove encontros on-line para discutir e recolher informações para revisão do plano de manejo e elaboração do plano de uso do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCaN), localizado no estado do Goiás.

Famoso por ser o berço das águas termais que atraem turistas de todo o Brasil, o parque completa 51 anos em 25 de setembro deste ano. Na ocasião, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Goiás (Semad/GO) apresentará os novos planos à sociedade.

A metodologia desenvolvida pela Funatura combina as diretrizes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para elaboração de planos de manejo e a tecnologia que reúne, simultânea e remotamente, em plenária e grupos menores, pessoas que estão em cidades diferentes. Oficinas assim são realizadas pelo ICMBio, presencialmente, em um único evento de uma semana.

“Partimos de uma construção coletiva, circular, com os participantes escrevendo juntos os subsídios para os planos, que iam sendo validados nos encontros seguintes”, relata a engenheira florestal e coordenadora da oficina pela Funatura, Veronica Theulen. “Conseguimos uma dinâmica que não foi cansativa e o envolvimento das pessoas foi a prova disso, com uma quantidade surpreendente de informações levantadas”.

Para o gerente de Criação e Manejo de Unidades de Conservação da Semad/GO, Caio César Neves Sousa, os encontros garantiram a participação de pessoas que, de outra forma, não poderiam estar. “Foi uma experiência que funcionou bem para nós da Semad/GO, consultores e conselheiros. Os métodos utilizados para colher as contribuições, por meio de formulários on-line e escuta ativa, se mostraram uma estratégia eficiente e participativa”, avaliou.

CONSCIENTIZAÇÃO

O morador do entorno do PESCaN, Sebastião Mauricio, relata que aprendeu muito sobre o parque durante a oficina. “Percebi que precisa de uma conscientização geral da população sobre a importância do parque para a comunidade. Vejo muito lixo. As pessoas não se preocupam com uma coisa básica. Falta divulgação sobre a importância do descarte correto do lixo. Sobre o risco de fogo, também”, comentou.

O representante da associação de escalada e guia esportes de aventura no PESCaN, Wlisses Silva Souza, comentou sobre a organização dos encontros on-line, “com pessoas selecionadas que realmente se preocupam e amam o Parque”. “Foi fantástico participar, contribuindo e aprendendo em todos encontros”, disse.

Para a bióloga e pós-doutoranada Alessandra Bertassoni, foi uma troca muito interessante, com todos dispostos a contribuir, participar, escutar e aprender uns com os outros. “Aprendi muito sobre o parque, tanto sobre a gestão quanto sobre os interesses e demandas alheias. Enquanto bióloga, tive um interesse especial na proteção e conservação, com um olhar para os impactos que a biodiversidade poderia sofrer na área protegida e na zona de amortecimento, com o turismo crescente”, explicou Alessandra.

Para Fabio Floriano Haesbaert, geólogo, membro do conselho do Pescan e presidente da Associação Nacional das Mineradoras das Águas Termais, “o clima de harmonia e concentração necessários ao trabalho” predominou na oficina. “Com o envolvimento de todos, foram produzidos conceitos corretos para a formulação dos planos do parque. A tranquilidade e os momentos de reflexão, muito bem conduzidos, permitiram um trabalho gratificante”, disse.

A oficina abordou os seguintes temas: propósito; significância; recursos e valores fundamentais; necessidades de dados e planejamento de questões-chave; uso público; zoneamento interno do Parque; zona de amortecimento e normas gerais e atos normativos.

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